quinta-feira, março 06, 2008

http://sentimentoaflordapele.blogspot.com/

Podia ser como no trânsito. as ruas se cruzam e os carros se encarregam dos iguais que apenas caminham.
podia ser em Brasília, de onde me dizem, porque nunca vi com os meus próprios olhos, que os carros têm preferência sobre pedestres.
enfim, nem sempre as regras são claras.
como nem aqui neste texto parece ser.
mas igual a vida nos gera espectativas, adiando a felicidade para depois das prioridades da manhã e da tarde dos dias.
a voz da televisão se acampa nos pensamentos sem permissão ou consultas.
sou eu que fico sintonizado sem perceber que o controle remoto é a expressão do poder dela sobre mim.
sou enquadrado pelos meus maus hábitos.
como sintomas críticos de minha crença nos disturbios de déficite de atenção e hiperatividade.
como acontece com todo mundo, o que ameniza minha ansiedade é a previsão de dias de sol e céu limpo.
se alguém me perguntasse qual meu maior desejo, eu diria, com sinceridade, acordar cedo e viver todas as manhãs.
simples assim.
algo que você não entende se não sente.
as vezes fazer algo pode ser simples e óbvio para alguém mas,
em alguns casos, exigir pacientes exercícios que ensinam o comportamento numa combinação de cuidados.
como reforço à atenção e disciplina que a criação divina não tivesse tido.
para que o tempo seco e quente não vire estiagem prolongada que impede a produção do alimento da alma.

ainda chove em Recife.
Cláudia experimenta a sensação de respirar o ar puro da liberdade.
a eternidade da vida se abre quando alguém se descobre assumindo quem verdadeiramente é.
não uma semente transgênica.
muito menos um hipócrita conceito ético maculado sob às vistas de justiceiros dos bons costumes.
ah, viver sob os olhos dos carrascos morais, isto merece um capítulo à parte.
as novidades da medicina chegam a dar água na boca, tantas são as novidades dando espetáculos em ode à vida.
mesmo que o tempo sempre triufe e a zero hora alcance à todos, há a atualização constante completando a transformação em novas gerações.
e tem sido ela quem nos tem irrigado na prolongada estiagem quem pôs em desterrada agonia por um tropeço genético.
até então, civilizações vinham sendo intransigentes com os diferentes.
é certo que ainda ditaduras vestem cores e formas estampando o que deve ser ou não o verão e até os aromas da nova coleção outono-inverno.
a cada estação, de chuva ou sol, nada supera, quando surge o momento
de um alguém descobrir-se.